quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Destaque de jornal!

No dia 02 de agosto de 2017 realizou-se a 2º Edição da Oficina de Filosofia e Literatura na E. E. E. M. Professor João Germano Imlau, proporcionada aos estudantes do 3º ano do Ensino Médio pelo grupo de bolsistas de Filosofia do PIBID. A oficina, que tem por objetivo produzir uma experiência reflexiva a partir de distintos recursos literários, na perspectiva da temática filosófica da individuação no atual contexto histórico e social, chegou à mídia digital do Jornal Bom Dia através de uma matéria que exalta o sucesso da atividade. Link da notícia a seguir:
A oficina, que converge o episódio Nosedive da série Black Mirror com a obra Memórias Póstumas de Brás Cubas, trouxe reflexões, baseadas em Vigiar e Punir de Foucault, como: quem é você quando ninguém está olhando? O quanto os outros influenciam nas suas condições de ser você mesmo? Você é tal como o seu perfil de facebook apresenta? Essas perguntas criaram diversos momentos de discussão, dando a oportunidade aos alunos de participarem das reflexões com suas próprias experiências comparando-as com as obras citadas.
A oficina está em sua segunda edição, com perspectiva de novas aplicações em outras escolas.

terça-feira, 6 de maio de 2014

Ambientação nas escolas

 

Por Samanta K. Pereira e Julia Kreibich

 

No dia 09 de Abril de 2014, quarta-feira, o grupo de bolsistas de Filosofia do PIBID, juntamente com o professor coordenador Thiago Soares Leite, deslocou-se da Universidade Federal da Fronteira Sul até a Escola Estadual de Ensino Médio Professor João Germano Imlau, para conhecer o espaço físico onde seis dos doze bolsistas do subprojeto irão acompanhar as aulas de filosofia.

Ao chegarmos à Escola fomos recepcionados pelo professor Eduardo, graduado e ministrante das aulas de filosofia na Escola Imlau. No primeiro momento, o professor nos mostrou o bloco A da Escola que é composto pelo saguão, Xerox, coordenação pedagógica, diretoria e biblioteca. No bloco B, que fica no segundo piso, encontram-se as salas de aula. Mostrou-nos, também, que no lado externo da Escola, além de haver um pátio com mesas, ambiente para os alunos ficarem no intervalo, há um ginásio onde ocorre Educação Física e até mesmo as festas juninas.

10335938_754673034554288_1158621143_nSubprojeto de Filosofia conhece a Estadual de Ensino Médio Professor João Germano Imlau  

No segundo momento, fomos até a Diretoria da Escola para ter uma conversa com a diretora, profª. Aida. Lá foi esclarecido a ela qual é a função e o objetivo que o subprojeto de filosofia tem em fazer parte da Escola. Diante do reconhecimento da importância da disciplina na Escola, a diretora mencionou que logo que a filosofia foi implantada obrigatóriamente no currículo escolar, os alunos não valorizavam sua importância, porém depois que o professor Eduardo começou a trabalhar com os métodos específicos da disciplina, eles começaram a se dar conta da importância da mesma.

No terceiro momento, após termos a breve conversa com a diretora, fomos até a sala da coordenação pedagógica a fim de orientarmos os quatro novos bolsistas, que entraram nas vagas remanescentes, sobre o que será elaborado e realizado, a princípio, no primeiro semestre de 2014 no PIBID. Além disso, foram feitas as divisões dos doze bolsistas sendo seis para a Escola Estadual de Ensino Médio Professor João Germano Imlau e seis para a Escola Estadual de Ensino Médio Érico Veríssimo, separando cada bolsista para o acompanhamento de uma aula de filosofia por semana em uma turma de Ensino Médio.

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Bolsistas de ID e Supervisores na biblioteca da escola Imlau

No dia 16 de abril, foi realizado mais um encontro do subprojeto Filosofia do PIBID/CAPES, no qual os bolsistas procederam à ambientação na Escola Estadual Érico Veríssimo. 10306952_754672811220977_540499412_n

Bolsistas de ID e Supervisores conhecem a Escola Estadual Érico Veríssimo…

Na chegada à escola, devido ao fato de haver atividades direcionadas ao período da tarde, o grupo foi encaminhado para a sala dos professores, assim começando a visitação. Ao visitarem uma das salas, o professor Giovan explicou que todas seguem o mesmo padrão de organização e que são ocupadas durante os três turnos do dia. Além disso, as salas de aula são nomeadas em homenagem à obras de Érico Veríssimo.

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…as salas de aula…

Após a visitação à sala de aula, os bolsistas foram conduzidos até a biblioteca, que fora reformada há pouco tempo e que conta com livros didáticos e literários para todos os níveis escolares. A escola ainda conta com uma brinquedoteca, uma horta, a cozinha e outros espaços que são ocupados apenas pela UFFS.

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…e a biblioteca

Terminada a visitação, o professor Thiago Leite explicou para os novos bolsistas, que faltaram o último encontro, todos os trabalhos que serão realizados durante o ciclo 2014/2015 pelo PIBID Filosofia, como as intervenções, oficinas e apresentações previstas pelo programa. Durante o desenvolver de tal conversa, a diretora e a vice-diretora vieram saudar o grupo, fazendo as devidas apresentações e dando as boas-vindas para todos os participantes.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Locke e uma aula para o Ensino Médio (sem ficar “locke”)

Por Andrei Pedro Vanin

A experiência de preparar uma aula para ensino médio se mostrou, num primeiro momento, um tanto quanto uma tarefa difícil de ser realizada. Contudo, enquanto lia os materiais e os livros didáticos, foi ficando mais claro o que seria a preparação de uma aula. Ministrar aula é uma tarefa árdua, pois parece que só a prática em sala de aula dá a segurança – sobre o que de fato sabemos – e qual a melhor forma de trabalhar o tema. Passo a expor agora um breve resumo do que tratei na aula sobre Locke.

Locke é lido com mais ardor, na maioria das vezes, por sua obra Ensaio sobre o entendimento humano, isso porque a teoria exposta critica a teoria de Descartes – especialmente a das ideias inatas - e funda – podemos assim dizer – o empirismo. Não obstante, suas obras políticas foram escritas e publicadas no fervor da Revolução Gloriosa, o que na leitura não deve se deixar passar despercebido. Sobre esta questão histórica há alguns filmes que podem ser vistos, a saber: Fogo sobre a Inglaterra (1937) O outro lado da nobreza (1995), Cromwell, o chanceler de ferro (1970) e A outra (2008). No que concerne a importância do pensamento político de Locke, esta pode ser vista até hoje. Ele talvez seja o primeiro a defender a igualdade de direitos entre homens e mulheres – tese que depois John Stuart Mill trabalhará com maior profundidade. Além de Mill, também é possível ver em John Rawls influências de Locke[1].

Os Dois Tratados sobre o governo civil foram publicados em 1689-1690 anonimamente, visto as circunstâncias que a Inglaterra vivia na época. O Primeiro Tratado basicamente se ocupa de refutar a teoria da justificação da monarquia absoluta de Filmer, exposta na obra Patriarca: ou o poder natural dos reis[2]. Contudo, Locke além de refutar a teoria de Filmer, nesse primeiro tratado, também “[...] assenta igualmente os fundamentos de uma doutrina que será desenvolvida no Segundo Tratado” (TADIÉ, 2005, p. 39). Esses fundamentos são basicamente a liberdade e a igualdade dos homens[3].

 

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Pibidiano Andrei P. Vanin durante a aula ministrada.

Consoante ao exposto, nosso objetivo com a preparação aula era de que os alunos conseguissem ter uma visão do pensamento político de Locke, para conseguirem ver de onde nasce a ideia de liberdade e igualdade entre os homens e especialmente porque tal noção é pensada pelo autor. Pensando nisto demos ênfase ao momento histórico vivido pela Inglaterra e a crítica que Locke desenvolveu contra Filmer – mais detidamente e contra Hobbes – no que se referia ao poder absoluto. Ainda o pensamento de Locke se mostra importante no tocante à teoria do liberalismo político, teoria da qual, Locke foi o precursor. Também fizemos menção à escravidão pensada por Locke no capítulo IV do II Tratado e mostramos como sua noção diferia da escravidão brasileira – especialmente nos primeiros séculos de escravização.

Com esses breves apontamentos já se consegue vislumbrar a importância e o leque de possibilidades que se abrem para trabalhar Locke no Ensino Médio. Concernente à busca por livros didáticos, consultei dois basicamente. O da Marilena Chauí (2010), Iniciação à Filosofia – usado pela escola Érico Veríssimo – e o manual de Filosofia do Paraná, Filosofia, no qual vários autores escrevem. O material presente nestes dois livros não me pareceu muito satisfatório, embora recorri a eles em alguns momentos de minha exposição na aula.


[1] Não queremos fazer uma análise mais detida sobre o tema. Queremos apenas corroborar a importância e influência do pensamento de Locke. Cf: KUNTZ, R. Locke, liberdade, igualdade e propriedade, In: Clássicos do pensamento político, org, Célia Galvão Quirino, Claudio Vouga, Gildo Bransão, 2ª ed, São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2004, p. 91-96. Cf: TADIÉ, A, Locke, trad. José Oscar de Almeida Marques, São Paulo: Estação Liberdade, 2005, p. 74-80. Uma breve, porém esclarecedora reconstrução histórica é encontrada em MELLO, L. I. A., John Locke e o individualismo liberal, In: Os clássicos da política, org. Francisco Weffort, 13ª ed, Vol 1, São Paulo: Editora Ática, 2000, p. 79-89.

[2] Cf: TADIÉ, A, Locke, trad. José Oscar de Almeida Marques, São Paulo: Estação Liberdade, 2005, p. 39. Cf também: LOCKE, J. Dois tratados sobre o governo, trad. Julio Fischer, 2ª ed, São Paulo: Martins Fontes, 2005, p. 21-183. Cf por fim: MELLO, L. I. A., John Locke e o individualismo liberal, In: Os clássicos da política, org. Francisco Weffort, 13ª ed, Vol 1, São Paulo: Editora Ática, 2000, p. 83-84.

[3] Uma passagem do Primeiro Tratado corrobora o que afirmamos: “E assim concluímos, por fim, o exame de tudo quanto tem a aparência, em nosso A., de uma argumentação em favor daquela soberania absoluta e ilimitada,descrita na Seção 8 e a qual ele atribui a Adão, de sorte que todos os homens nascem escravos desde então, destituídos de todo e qualquer direito à liberdade. Mas se a criação, que nada outorgou senão uma existência, não fez de Adão príncipe de sua descendência; se Adão, em Gn 1,28, não foi constituído senhor da humanidade nem lhe foi dado nenhum domínio privado com a exclusão de seus filhos, mas tão-somente um direito e um poder sobre a terra e as criaturas inferiores em comum com os filhos dos homens; se tampouco em Gn 3,16 Deus conferiu a Adão algum poder político sobre sua mulher e filhos, mas apenas sujeitou Eva a Adão como castigo ou predisse a submissão do sexo frágil na administração dos interesses comuns das famílias, sem que conferisse com isso a Adão, como esposo, o poder de vida e morte que necessariamente pertence ao magistrado; se por gerarem os filhos, não adquirem os pais semelhantes poder sobre eles; e se o preceito Honra teu pai e tua mãe não confere tal poder, mas apenas impõe um respeito devido em igual medida a todos os pais, quer sejam estes súditos ou não, assim à mãe como ao pai; se tudo isso é como tal, segundo julgo ser muito evidente por tudo quanto foi dito, o homem dispõe de uma liberdade natural, não obstante tudo quanto nosso A. afirma convictamente em contrário; pois todos aqueles que compartilham a mesma natureza comum, as mesmas faculdades e poderes, são iguais por natureza e devem participar dos mesmos direitos e privilégios comuns [...].” (LOCKE, 2005, p. 271-272)

Como falar de Filosofia Política sem que a aula fique chata?

Por: Susiane Kreibich

Ao pensar em como desenvolver uma aula de Filosofia Política, mais precisamente sobre Nicolau Maquiavel, para o ensino médio, surgiu-me a questão: “como falar de Filosofia Política sem que a aula fique chata?”. Filosofia política é um tema interessante, mas não agrada a todos. Porém, eu penso ser um dos temas com o qual mais pode-se fazer referências e vincular ideias à vida cotidiana, independente do filósofo trabalhado.
Maquiavel é especialmente interessante, pois a proposta filosófica apresentada em O Príncipe funda o pensamento político moderno e muda a lógica política diferenciando o éthos (modo de ser) político do éthos individual. O que vale para a ética individual não é o mesmo que vale para a ética política, pois esta baseia-se na utilidade social.
20130305_150624 Bolsista Susiane durante sua aula.
Nesse sentido, inúmeras discussões podem ser feitas a partir da ideia de desvincular-se a ética individual da política. Aos estudantes pode-se questionar acerca da frase mais conhecida de Maquiavel: “o fim justifica os meios.” O que exatamente Maquiavel quis dizer com essa afirmação? Então, vale tudo na esfera pública? Pode-se valer de qualquer meio para que se chegue ao fim desejado? É uma ideia que instiga a reflexão e certamente conduzirá os estudantes ao questionamento acerca da situação política atual. Eu penso ser de fundamental importância compreender esse ponto na obra de Maquiavel, para que assim, seja esclarecido o posicionamento do filósofo e para que não haja interpretações equivocadas a respeito.
Ao buscar material para a elaboração do plano de aula, encontrei no livro didático Iniciação à Filosofia de Marilena Chaui, um texto relevante sobre o pensamento de Maquiavel. Este livro é utilizado no ensino médio da Escola Érico Veríssimo, na qual o Pibid de Filosofia da UFFS - campus de Erechim - realiza suas atividades. Escolhi trabalhar parte da aula com o texto desse livro, pois achei o texto elucidativo e acessível, além de transmitir de forma geral o pensamento de Maquiavel.
Mas como penso ser de suma importância levar os textos clássicos aos estudantes de ensino médio, não pude deixar de escolher a utilização destes para um segundo momento da aula que eu estava preparando. Assim, escrevi um pequeno texto com base nos capítulos XXI, XXIII e XXV da obra O Príncipe, para que eu pudesse levar aos estudantes uma forma de leitura mais rigorosa. Sou defensora da ideia de que os estudantes de ensino médio têm condições de ler textos clássicos, porém acho que estes devem ser escolhidos levando em conta a faixa etária dos estudantes que trabalharão com eles.
Uma das minhas preocupações foi não tornar a aula que eu ministraria “chata”. Mas essa preocupação não deve ser o ponto principal que um professor de ensino médio deve se ater, pois o processo de ensino-aprendizagem requer rigor intelectual. A preocupação demasiada em relação a tornar ou não uma aula “chata”, acaba colocando o ensino no mesmo patamar do entretenimento. Escola não é televisão ou qualquer outra mídia que sirva de informação e entretenimento. Escola é o lugar do conhecimento e, sendo assim, requer rigor intelectual, que em muitos momentos, é maçante.





terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

A preparação de uma aula sobre a Política de Aristóteles

Por: Henrique de Lima Santos

 

Deixando de lado várias questões problemáticas na hora de preparar uma aula, iremos nos concentrar nas dificuldades e nas facilidades na hora de desenvolver a nossa aula sobre a Política de Aristóteles. A preparação desta aula visa, por parte do PIBID Filosofia da UFFS-Erechim, à aproximação dos bolsistas com as atividades do professor, e também o desenvolvimento de qualidades no momento de preparação da aula, no próprio momento da aula, e posteriormente à aula.

Começamos, então, pelas dificuldades. Certamente uma dificuldade marcante na preparação da aula foi o fato de não encontrar quase nada sobre o tema/autor em livros didáticos. Se tratando de filosofia política, os livros didáticos fazem breves relatos sobre a democracia Ateniense, e o primeiro autor da política que os livros abordam é Maquiavel.

Em vários momentos os livros didáticos facilitam a ponte que o professor necessita fazer entre os conteúdos antigos e a própria realidade de hoje. Lembro que esta facilidade vai além daquela crítica de que o professor vê no livro didático a “salvação de todas as aulas”. De fato o livro didático apresenta características gerais sobre os conteúdos, e a utilização dele por parte do professor não deve impedir em nada que o professor faça todas as considerações possíveis, levando em conta as particularidades das salas de aulas. No caso da Filosofia, na qual a leitura é um ato inevitável na disciplina, o livro didático adquire uma importância relevante, visto o fato de as bibliografias especializadas nas escolas de nível básico serem extremamente escassos.

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Pibidiano Henrique de Lima Santos durante sua aula.

Outra dificuldade percebida é a do trabalho no momento anterior à aula. O trabalho de leitura e o trabalho com os textos sobre o tema e o autor demandam uma grande quantidade de tempo. Observo que isto parece ser uma dificuldade na medida em que um professor de escola pública tem sob sua responsabilidade inúmeras turmas, e o tempo necessário para a elaboração de uma aula geralmente não é levado em conta para preencher sua carga horária. Lembro que justamente esta “dificuldade” é ao mesmo tempo a grande virtude do professor. É uma característica inerente de o professor dedicar-se aos estudos e as preparações de aulas.

Por outro lado, a temática de filosofia política pode gerar nos alunos uma enorme curiosidade sobre como se comportava a filosofia em tempos passados. Assim a associação de sistemas políticos antigos aos sistemas políticos de hoje em dia podem abrir um grande leque para discussões em sala de aula. Exemplo disso pode ser a concepção que tinha Aristóteles sobre a democracia, e como a democracia é entendida hoje.

Outro aspecto que ajuda o desenvolvimento das aulas é quando o professor elabora textos para a leitura em sala de aula. Além do grande valor didático, estes textos levam aos alunos conceitos dos próprios filósofos, facilitando o contato com as teorias. Isso também gera um desenvolvimento pessoal do professor, sem contar que os textos parecem ser mais bem recebidos pelos alunos do que aulas completamente expositivas.

Por fim, sem dúvida alguma, o professor deve atentar-se para todos os momentos da aula. O antes, o durante e o depois da aula devem ser sempre levados em conta quando se seleciona conteúdos filosóficos e quando se pensa em métodos de levá-los às turmas.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Motivos para a preparação da aula sobre política em Aristóteles

Por Adilson Júnior Pilotto

O objetivo do texto de hoje é dar uma justificativa sobre o porquê da organização da aula ministrada no dia 04 de Fevereiro de 2013, falando sobre a introdução e o primeiro capítulo da obra de filosofia política A Política, escrita pelo autor de Estagira, Aristóteles. Nesta aula foi trabalhada primeiramente uma abordagem histórica sobre o autor, depois, como era a ideia política do autor e, por fim, uma abordagem da introdução e do capítulo primeiro.

A parte histórica foi mostrada por ser uma introdução à filosofia de Aristóteles, mostrando desde sua vinda para Atenas, até sua entrada na Academia. Isso é importante para que o estudante tenha um primeiro contato com o autor. Afinal, pressupõe-se que ele seja leigo no assunto, por isso deve ser feita uma abordagem, mesmo que breve, sobre a história do filósofo. A partir de sua história, o aluno se situa dentro das obras e de algumas ideias que o autor defendia.

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Pibidiano Adilson J. Pilotto durante aula ministrada em 04.02.2013.

Após apresentar quais são as principais ideias do escritor sobre política, é importante abordar o conceito aristotélico de política fazendo uma brave abordagem dos conceitos que ele usa para defender suas ideias sobre essa área do conhecimento. Fica difícil trabalhar uma obra de um autor sem saber o que dado conceito significa para esse autor. Nesse sentido, se faz necessário proceder a abordagem sobre que é esse conceito para Aristóteles.

Por fim ministrar a aula sobre uma obra clássica é essencial, visto que todo aluno deve ter um contato com obras de um autor. Deve-se trabalhar alguns conceitos dentro destes dois capítulos. Todo o aluno de Ensino Médio deve ter contato com pelo menos duas obras clássicas por ano para que este possa desenvolver ideias a partir do que o autor pensava.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Ensino de Filosofia em Erechim é tema de apresentação no II SEPE da UFFS


Por Suelen Radaeli

No dia 31 de outubro de 2012, realizou-se o II Seminário de Ensino, Pesquisa e Extensão (SEPE) em nossa Universidade, com o objetivo de apresentar projetos/artigos pesquisados e desenvolvidos pelos acadêmicos.
Uma das apresentações foi a do subprojeto de Filosofia/campus Erechim do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação á Docência), com o tema: Ensino de Filosofia nas Escolas Públicas de Erechim. O objetivo da pesquisa era fazer uma análise da realidade das escolas de nossa comunidade, em especial o ensino da Filosofia.


Bolsistas de ID do subprojeto de Filosofia - Campus Erechim durante apresentação no II SEPE/UFFS

 Verificou-se que, na maioria das escolas pesquisadas, o ensino desta disciplina não é realizado por professores com qualificação específica, mas sim de várias áreas, como História, Geografia, Artes, e Pedagogia. Cabe ao professor decidir quais serão os assuntos tratados em aula, e por muitas vezes o conteúdo aplicado não é propriamente aquele concernente à filosofia, mas algo da necessidade e realidade local. O método avaliativo é dado de diversas maneiras, e as escolas deixam a critério do professor escolhe-lo, sendo que alguns optam por provas, outros por trabalhos avaliativos e outros também usam as discussões feitas em sala como método.
Após a apresentação dos Pibidianos, havia o tempo destinado para debate com os ouvintes presentes, para dúvidas, argumentações e contribuições acerca do tema em questão. Todos os presentes estavam empolgados e deram sua contribuição. Foram debatidas várias problemáticas que envolvem o ensino no Brasil, principalmente o Ensino Médio. Dentre as quais estava a falta de professores com formação em Filosofia. No entanto, constatou-se que este problema se origina no recente tempo que a disciplina de Filosofia foi inserida no currículo escolar como disciplina obrigatória.
Muito bacana o debate, o envolvimento dos presentes neste tema que é imprescindível, que preocupa todos os docentes e os que estão se preparando para está tarefa.